Academia da Malta

7.3.05

chuva

Olá.
Desta vez não venho falar de aulas.
Venho falar de chuva: Divagar um pouco sobre isso. Para lá dos problemas reais apresentados entre as mortes, nos telejornais. (Os telejornais são a necrologia televisiva.)
Antes de mais, quero, ironicamente (com um pouco de rtesmunganço e mau feitio, até), agradecer a todas as lindas almas deste país que, em cada dia de chuva destas últimas estações do ano, decidiu resmungar, alto e bom som, que não queriam chuva, que a odiavam.
Pois é.
Agradecida.
A chuva. Água das núvens celestes, que alimentando a terra, nos alimenta dela.
A culpa é dos americanos, e dos russos, de quem quer que seja que teve a ideia de se ir intrometer nas esferas para lá das nossas.
Pronto, não sei. É óbvio que não estou a dizer nada de jeito. Gostava só que as pessoas n resmungassem tanto com a chuva, quando ela aparece.
É que eu até gosto de chuva:
Daquelas torrenciais que apareciam de vez em quando nos meus primeiros tempos de liceu, ainda em Coimbra, em que chovia imenso, mas era durante 20 minutos.
De dançar na chuva;
De dar beijos à chuva;
De estar com aquele mau-feitio de inverno conzento e frio, em que o que aquecia era o estar com mais gente com o mesmo mau-feitio, todos à espera que o sol decidisse aparecer, na Primavera;
De andar com o guarda-chuva que nunca passa em todo o lado -parece que estamos gordos- mas que faz com que as pessoas tenham de se desviar mais umas das outras;
De ter um guarda-chuva colorido, que me protege do cinzento, numa espécie de espaço vital;
De andar de saia porque as calças ensopam nas poças;
De... não sei mais.
Vocês terão os vossos aspectos positivos da chuva.
Tenho saudades dela, no seu tempo natural.
Qualquer dia inventam uma espécie de regador terrestre espacial, que de tempos a tempos faz aquilo que a Natureza fazia e não faz mais.
Pois é.
Bute a Castro Verde fazer novenas.

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